quinta-feira, 30 de julho de 2009

Quatro presos por matar sindicalista

Quatro presos por matar sindicalista

Policiais civis prenderam ontem, em Tucuruí, quatro irmãos acusados de envolvimento no assassinato do sindicalista Raimundo Nonato Carmo Silva, de 53 anos. O crime aconteceu na noite de 16 de abril deste ano naquele município, no sudeste do Estado. Segundo a delegada Daniele Bentes, que presidiu o inquérito que apurou o caso, o homicídio ocorreu por causa de desavenças pessoais entre os acusados e a vítima.
As investigações foram conduzidas pela equipe da Divisão de Homicídios, com o apoio de agentes das Divisões de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e de Investigações e Operações Especiais (Dioe). Os presos são os irmãos José, o 'Zezinho', 45, Ailton, 25, Ilson, o 'Baleia', 34, e Nilton da Silva Oliveira, o 'Niltão', 26. A animosidade começou por causa de uma dívida referente à venda de um terreno.
Os presos foram conduzidos à sede da Delegacia-Geral, em Belém, e apresenados, à imprensa, pela delegada-geral adjunta, Eugênia Rebelo, pelo titular da Divisão de Homicídios, delegado Eduardo Rollo, e pela delegada Daniele Bentes. Na sexta-feira passada, a Comarca de Tucuruí expediu mandados de prisão contra os acusados. Três deles foram encontrados na sede do município; Nilton foi localizado em uma ilha distante 18 quilômestros da cidade.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

PSOL protocola sua segunda representação contra José Sarney


O líder do PSOL no Senado, José Nery (PA), defendeu nesta quarta-feira (29) a cassação do mandato do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), por quebra de decoro parlamentar. Para ele, os fatos e as denúncias contra Sarney "são tão graves" que não há outro caminho a não ser o Conselho de Ética "aprovar e encaminhar ao Plenário o pedido de cassação de Sarney".

A defesa da cassação do mandato de Sarney foi feita antes de a presidente do PSOL, Heloísa Helena - ex-senadora e ex-candidata à Presidência da República nas eleições de 2006 e atual vereadora na cidade de Maceió (AL) - protocolar junto à Secretaria Geral da Mesa a segunda representação do partido contra o presidente do Senado por quebra de decoro parlamentar.

O partido solicita que sejam investigadas as denúncias de que a Fundação José Sarney seria a responsável pelo desvio de cerca de R$ 500 mil recebidos da Petrobras a título de patrocínio cultural. O PSOL também questiona a declaração de Sarney de que "não teria nenhuma responsabilidade administrativa" sobre a fundação que leva o seu nome. O partido solicita ainda a abertura de investigações de que Sarney não teria declarado à Justiça Eleitoral uma casa onde mora em Brasília, avaliada em cerca de R$ 4 milhões.

Na primeira representação, ocorrida no final de junho último, o PSOL pediu o aprofundamento de investigações relativas ao suposto envolvimento de Sarney com os chamados atos secretos, bem como denúncias de que o neto dele teria se beneficiado em operações de crédito consignado a servidores da Casa.

Outros senadores

Indagado se o PSOL também entraria com pedido de quebra de decoro contra senadores do PSDB, incluindo o líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), que teria admitido que abrigava em seu gabinete um funcionário fantasma, José Nery disse que, no momento, "é preciso priorizar o aprofundamento das investigações envolvendo o nome do presidente do Senado". Motivo: a gravidade e a avalancha de denúncias, a começar, segundo ele, pela edição de atos secretos, desmandos administrativos e nepotismo. Mas não afastou a hipótese de o partido denunciar outros senadores por quebra de decoro.

A presidente do PSOL, Heloísa Helena, voltou a dizer que o seu partido, ao apresentar pedido de quebra de decoro contra Sarney, "cumpre apenas a sua obrigação constitucional".

- Hoje não são mais apenas indícios relevantes de crimes contra a administração pública praticados por Sarney. Pelo contrário. Existem fatos que mostram claramente o tráfico de influência, a intermediação de interesse privado, e exploração de prestígio, que possibilitam a cassação de mandato parlamentar - afirmou Heloísa Helena.

Cláudio Bernardo / Agência Senado
Foto: Agência Senado

sexta-feira, 10 de julho de 2009

José Nery e grupo de senadores querem imediata instalação do Conselho de Ética e investigação de irregularidades pelo MP

José Nery e grupo de senadores querem imediata instalação do Conselho de Ética e investigação de irregularidades pelo MP
Exigir a imediata recomposição e instalação do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e ingressar no Ministério Público Federal (MPF) com uma representação para investigar todas as denúncias de irregularidades no Senado Federal. As duas medidas foram decididas por senadores representantes de diversos partidos, que se reuniram no início desta quarta-feira (8) no gabinete do Senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), na procura de uma solução para a crise do Senado.

Segundo o líder do PSOL, José Nery (PSOL-PA), a representação será assinada por vários partidos em conjunto e listará todas as denúncias publicadas pela imprensa com relação à existência de contratos superfaturados, empréstimos consignados e atos secretos dentro da Casa, entre outros.

- Chegou a hora de passar o Senado a limpo e, para isso, é imperioso que o presidente José Sarney se afaste do cargo, pois a investigação tem que ser isenta - afirmou Nery, com relação às denúncias de irregularidades em gestões de Sarney frente à Presidência da Casa.

O líder do PSOL disse ainda à imprensa que é "inadmissível" a interferência do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em defesa da permanência de Sarney na Presidência do Senado.

Para Álvaro Dias (PSDB/PR, a decisão tomada na reunião tem o objetivo de preservar o Senado e retomar a credibilidade da instituição.

- Há aqui uma disposição de senadores de diversos partidos para superar essa crise, apurar o que há de errado e punir os responsáveis - ressaltou Álvaro Dias, para quem a representação ao Ministério Público terá ainda o apoio da Sociedade.

Para Cristovam Buarque (PDT-DF), com a decisão, ganha força o movimento a favor da saída de Sarney da Presidência do Senado.

- O Senado não pode continuar como está. O primeiro passo é o licenciamento de Sarney da Presidência da Casa, mas temos que brigar também pelo funcionamento do Conselho de Ética - destacou Cristovam.

Ao deixar a reunião, Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu o afastamento de Sarney da Presidência do Senado, até que sejam apuradas todas as denúncias envolvendo o nome dele. Ele ressaltou, no entanto, não se tratar de um movimento para criminalizar o presidente da Casa, mas de uma necessidade para que o Senado não continue a se desmoralizar perante à sociedade.

Sobre a interferência do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na questão da crise do Senado, Simon disse considerar que foi uma atuação "trágica que lembrou menos o líder sindical do que um sexto general presidente".

Participaram também da reunião os senadores Sérgio Guerra, Tasso Jereissati (PSDB-CE), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Jarbas Vasconcelos.

Valéria Castanho / Agência Senado

terça-feira, 7 de julho de 2009

PROPOSTA DE REGIMENTO INTERNO DO 2º CONGRESSO NACIONAL


PROPOSTA DE REGIMENTO INTERNO DO 2º CONGRESSO NACIONAL

Artigo 1º. O 2º Congresso Nacional do Partido Socialismo e Liberdade se realizará nos dias
21, 22 e 23 de agosto de 2009, na Quadra do Sindicato dos Bancários, na cidade de São
Paulo.

Artigo 2º. A Comissão Organizadora, designada pelo Diretório Nacional do Partido, é
responsável por providenciar as condições adequadas para a realização do evento.

Parágrafo único. De suas decisões cabe recurso, em primeira instância a Executiva
Nacional e em última instância a plenária do 2º Congresso Nacional.

Artigo 3º. Participarão do 2º Congresso Nacional do PSOL:
1. Com direito a voz nos grupos e nas plenárias e voto os delegados e delegados eleitos
conforme normas constantes da Convocatória aprovada pelo Diretório Nacional;

2. Com direito a voz nos grupos e nas plenárias os membros do Diretório Nacional;

2. Com direito a voz somente nos grupos de trabalho os observadores e observadoras
indicados pelos diretórios estaduais e pela direção nacional do partido;

3. Com direito a voz nos termos deste regimento os convidados e convidadas nacionais e
internacionais, conforme convites feitos pela executiva nacional do partido.

Parágrafo primeiro. Os convidados internacionais terão direito a voz:
1. Na abertura solene do evento ou;

2. Para saudações ao Congresso na abertura de cada plenária deliberativa;

Parágrafo segundo. O credenciamento dos delegados e delegadas titulares iniciará às 08
horas do dia 21 de agosto e será encerrado às 10 horas do dia 22 de agosto.

Parágrafo terceiro. O credenciamento dos delegados e delegadas suplentes acontecerá de
10 horas às 12 horas do dia 22 de agosto, com exceção das substituições comunicadas
pelas direções estaduais com antecedência.


Artigo 4º. Os delegados e delegadas do 2º Congresso Nacional discutirão os temas para
discussão e aprovação de resoluções os seguintes assuntos:

1. Conjuntura nacional, internacional e as tarefas partidárias e do movimento social;

2. Bases para um programa para o Brasil;

3. Estratégia para as eleições 2010;

4. Desafios da reorganização sindical;

5. Concepção de Partido e modificações estatutárias;

6. Eleição da Direção Nacional, do Conselho Fiscal e da Comissão de Ética.

Artigo 5º. A Executiva Nacional do PSOL designará os coordenadores das plenárias e dos
grupos de trabalho do 2º Congresso Nacional.

Artigo 6º. O 2º Congresso Nacional terá a seguinte programação e dinâmica:

Dia 21 de agosto

09h00 – Abertura solene do 2º Congresso Nacional do PSOL

11h00 – Aprovação do Regimento Interno, recursos e eleição da Comissão Eleitoral

12h30 – Almoço

13h30 – Exposição das teses e contribuições, sendo que os oradores de teses terão 15

minutos e das contribuições 5 minutos.

17h30 – trabalho em grupo sobre: 1. Conjuntura nacional, internacional e as tarefas
partidárias e do movimento social;
2. Bases para um programa para o Brasil; e 3. Estratégia
para as eleições 2010.

21h00 – Atividade Cultural

Dia 22 de agosto

08h30 – Trabalho em grupo sobre:
4. Desafios da reorganização sindical; e 5. Concepção
de Partido e modificações estatutárias.

12h30 – Almoço

14h30 – Primeira plenária deliberativa sobre:
1. Conjuntura nacional, internacional e as
tarefas partidárias e do movimento social;
2. Bases para um programa para o Brasil; e 3.
Estratégia para as eleições 2010.

20h00 – Reunião das Setoriais

21h30 – Atividade Cultural


Dia 23 de agosto

08h30 – Segunda plenária deliberativa sobre:
4. Desafios da reorganização sindical; e 5.
Concepção de Partido e modificações estatutárias.

12h00 – Comunicação ao plenário das chapas inscritas para Eleição da Direção Nacional,
do Conselho Fiscal e da Comissão de Ética.

12h30 – Almoço

14h00 – Terceira plenária deliberativa sobre: Eleição da Direção Nacional, do Conselho
Fiscal e da Comissão de Ética, obedecendo a seguinte dinâmica:

1. Defesa das chapas inscritas por 15 minutos.

2. Votação em urna.

3. Apuração e declaração dos resultados.

17h00 – Encerramento solene do 2º Congresso.

Parágrafo primeiro. As deliberações do Congresso serão feitas por votação de resoluções
escritas para cada ponto de pauta.

Parágrafo segundo – Na plenária deliberativa, cada delegado terá o tempo de três minutos
para seu pronunciamento.

Parágrafo terceiro – No encaminhamento das votações de resoluções será concedida a
palavra para um orador favorável e outro contrário pelo tempo de três minutos, cabendo ao
plenário a decisão de concessão de mais uma intervenção para cada lado.

Artigo 7º. No ato do credenciamento cada delegado receberá a numeração dos grupos que
participará.

Parágrafo primeiro. A Executiva Nacional designará um coordenador e um secretário para
cada grupo de discussão.

Parágrafo segundo. A Comissão organizadora designará uma Comissão de Relatoria,
responsável por reunir as decisões dos grupos e sistematizar os assuntos para deliberação
em plenário.

Parágrafo terceiro. Cada grupo escolherá um relator ou uma relatora, que anotará fielmente
as decisões do grupo e participará da reunião de sistematização.

Parágrafo quarto. Irão ao plenário todas as resoluções aprovadas nos grupos por maioria e
as que alcançarem pelo menos 20 dos votos no grupo.

Artigo 8º. O Plenário do Congresso designará uma Comissão Eleitoral, responsável pelo
recebimento das inscrições das chapas para Direção Nacional, Conselho Fiscal e Comissão
de Ética, pela realização da votação, pela apuração dos votos, cálculo da proporcionalidade
e proclamação dos resultados.

Parágrafo primeiro – As chapas deverão ser inscritas até o dia 23 de agosto às 10 horas e
serão numeradas de acordo com a ordem de entrega.

Parágrafo segundo – As chapas deverão ser inscritas com pelo menos um terço do total de
cargos em disputa para Direção Nacional, Conselho Fiscal e Comissão de Ética.

Artigo 9º. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora, cabendo
recurso à Executiva Nacional e ao Plenário do Congresso.

ARACELI LEMOS DO PSOL PARÁ É RE-ELEITA


A ex-deputada estadual Araceli Lemos se mantém na presidência do PSOL no Pará para os próximos dois anos. A chapa 1 “Novos tempos para o PSOL” venceu as eleições durante o 2º Congresso Estadual do partido, que terminou neste domingo, 05, em Belém. O evento foi realizado desde sábado, 04, no Auditório da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA).Foram credenciados 233 delegados eleitos em 54 plenárias municipais. O grupo vencedor conquistou 140 votos. A chapa 2 “PSOL coerente e de massas”, ficou com 32 votos e a chapa 3 “PSOL classista democrático e de combate” com 58. Também foram escolhidos os 40 delegados que vão representar o Pará no 2º Congresso Nacional do PSOL, em São Paulo, marcado para os dias 21, 22 e 23 de agosto. Os novos nomes da Executiva Estadual, da Comissão de Ética, Conselho Fiscal ainda serão indicados.Segundo a presidente do PSOL no Pará, Araceli Lemos, o Congresso serviu para fortalecer a democracia partidária e foi resultado das plenárias realizadas nos municípios. “Uma das prioridades foi discutir o enraizamento do partido nos movimentos sociais e como devemos atuar na compreensão dos trabalhadores sobre o contexto complexo da crise econômica mundial”.